Eu fui levar o Elvis pra passear na beira rio e meu celular vibrou no bolso. Suzana apareceu me chamando pra tomar uma cerveja na Toca. A resposta sempre é sim, mas dessa vez não. To com um vírus desses de inverno me enchendo as pacuéra e amanha viajo cedin, pra encontrar um outro caminho do outro lado das montanhas azuis. Ô Suzi, tu me retroalimenta as vezes com azul de têmpera misturado com sal, tequila, limão e mel pra garganta. Difícil dizer quando foi que aquele todin de papelão vazio que me foi atirado na cara (!) realmente me atingiu. Aí nessas horas que penso que amizade é coisa rara e a gente tem que ficar babando ovo mermo. E ter ciúme mermo. E sentir a distancia memo. Doer quando imagina a vitoria do outro e tu tão longe pra dizer pelo whatsapp que ta tudo bem, parabéns, meus sentimentos, feliz dia das mães, aniversario, coelhinho da pascoa, independência ou morte, abolir a escravidão, pintar a cara no dia do índio, saquinho na vizinha do Cosme e Damião e a satisfação de ser chamada de louka a essa hora do campeonato, em pleno Maio que é o inverno que nunca acontece. Devolvo o todinho com coração quentinho da estrada. Acho, na verdade, que só estou ficando na cidade paulista pra esperar tu ir me visitar.
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Um comentário:
Mais de ano que não vinha aqui.
Ainda vai dar tempo de ir lá te visitar.
É tanta coisa...
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