segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

louco.

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"Não sei se vou aturar, esses seus abusos
Não sei se vou suportar os seus absurdos
Você vai embora, por aí afora
Distribuindo sonhos, os carinhos que você me prometeu
Você me desama, depois reclama
Quando os seus desejos já bem cansados
Desagradam os meus

Não posso mais alimentar a esse amor tão louco, que sufoco
Eu sei que tenho mil razões até para deixar de lhe amar
Não, mas eu não quero agir assim meu louco amor
Eu tenho mil razões para lhe perdoar por amar."

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

pro lugar.

Vinte e um dias em regime de confinamento pra aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo. Serviu pro meu cachorro, o Elvis. E insisto em pensar que serviria pra alguns tipos de pessoas também.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

conexão.


Que é quando a vida se justifica. Total e completamente.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quinze pras seis.

To acordando as quinze pras seis pra poder chegar no hospital dez pras sete. Me sinto melhor chegando cedo e passando visita sozinha, sem muita gente já estar enlouquecida na enfermaria. Fico nos ambulatórios. Depois fico nas reuniões científicas e nos rounds. Assisto cirurgias. Participo bem. Dô ponto e faço algumas coisas erradas. Dirijo correndo de volta. Estudo em casa quando chego, lás pras sete, oito horas da noite. Como. Não esqueço de tomar o remédio. Dou comida pro cachorro, brinco, limpo xixi, cocô e os cabelos grudados na parede do banheiro. Tomo banho de olho fechado. Leio. Vejo tevê com papai e mamãe. Deito no colo deles e fico repassando o trabalho da semana que vem. Reclamo. Suspiro porque meu namorado não me ligou. Antes de dormir me lembro dos amigos e da saudade. Canto aquela música pra ver se o sono vem. Demoro pra apagar e quando sonho o relógio desperta de novo quinze pras seis.

Alguém bem que podia me fazer uma surpresa entre um estudo e um cocô. E eu até posso fingir que nem esperava.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

da série: concordo muito.

"Fui acometida por um grande enfado da rotina obsessiva de ler mensagens curtas, checar quem entrou e quem saiu e saber se fulano está aqui ou ali. Nunca mais apareci. O Twitter, o Facebook e afins são grandes invenções, não há dúvida, mas, assim como o Tamagoshi, se baseiam em uma substituição repetitiva e compulsiva do mundo dos vivos. Essas redes exigem atenção constante, se não são alimentadas, morrem à míngua. Tomam preciosas horas reais de dedicação de você.

Elas me lembram aqueles grupos de japoneses que a gente encontra muito em viagem, que, em vez de ver com os olhos os lugares que visitam, filmam sem parar para depois assistir em casa.

Melhor comprar um cachorro."

Fernanda Torres (http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m2301)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

em forma.

Primeira vez na musculação.
Esteira. Dez minutos um saco.
Repetições de quinze, quinze, quinze.
Ali, naquele outro, naquele agora.
Agora na adutora.
Quem?
Adutora.
Ah ta.
Última vez na musculação.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

vocês.

Quando eu to sozinha sexta feira à noite eu estou com vocês. Se pudesse de verdade eu estaria.
Por mim eu ainda estaria naquele primeiro churrasco na casa do Tio bebendo até hoje. Estaria lá envelhecendo debaixo de um balde de cerveja gelada e debaixo da asa de vocês. Das coisas que aprendi, das fofocas que participei, das intrigas, das alegrias, dos acidentes e das doenças. Por mim eu estaria até hoje na casa da vó do Daniel em Angra dançando molhada na garagem e fingindo que o carro era trio elétrico. Por mim eu estaria até hoje cantando com o Baiano no apartamento do Muzamba, bêbada e desafinada. Estaria também dentro daquele estúdio no terraço da Marianinha com o Blue Angel´s. Estaria até hoje descascando alho pro churrasco no sítio do Ivan, suando e rindo de todo mundo. Por mim até hoje eu estaria fazendo malabares com a Cega. Estaria dançando funk com o Júnior. Estaria fazendo Caipirinhas com o Oswaldo. Por mim eu nunca pararia de escrever na parede da casa do Diego. Por mim até hoje eu estaria estatelada no chão depois do tombo com o Kaio. Estaria na casa da Lú e da Bitchura comendo pizza fria de madrugada e escutando ao longe o som do Porão. Eu estaria lá no ar condicionado da Lú depois de ter feito feira de salto rindo muito com o efeito da rave. Era lá que elas me protegiam de quem eu mais fugi na minha vida. Por mim eu estaria na casa da Hari fazendo trabalho com a Natasha e a Dayrane no primeiro período. Estaria lavando louça e escutando as melhores histórias dos últimos tempos direto de Salvador. Era lá que eu me sentia em casa. Eu estaria até hoje fazendo reunião na UHG da Liga com o Correntina, com o Evandro e com a Marcelle. Por mim eu estaria até hoje tendo crise de riso com a Renata nas baladas infundadas que a gente frequentava. Ah...Renata! Por mim eu estaria até hoje em cima daquele trio que contratamos pra divulgar nossa festa. Estaria cambaleando ao vento indo pro futuro junto, todo mundo junto, desviando dos fios. Por mim eu estaria até hoje estudando na casa do Japonês e fazendo piadas com os nomes das enzimas de bioquímica. Por mim eu jamais esqueceria o nome dessas enzimas. Mas a gente esquece. A gente esquece porque não precisa usar. Eu preciso usar tudo que eu me lembro da nossa história. São as minhas lembranças que me fazem seguir pro futuro traçado certinho e fadado à separação. São as minhas lembranças que me fazem ir feliz. São tantas lembranças que me fazem mais forte pra acreditar no que eu construí em seis anos e me fazem entender que a separação não existe porque vocês estarão sempre comigo nos flashes da minha imaginação e da minha história.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ta bom.

_ Ta bom?
_ Ta, ta bom, mas você não esquece dessa vez.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

post em tópicos da série: imagens.

Os melhores momentos dos últimos tempos.

Cresci. Crescemos.





Descobri que dá pra envelhecer junto.





Bebi com a mamãe.





Dancei. Muito.





Nadei no chafariz.




Cantei um samba legal.




Me vesti de homem.






Ganhei o mascote que nunca tive.



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