quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quinze pras seis.

To acordando as quinze pras seis pra poder chegar no hospital dez pras sete. Me sinto melhor chegando cedo e passando visita sozinha, sem muita gente já estar enlouquecida na enfermaria. Fico nos ambulatórios. Depois fico nas reuniões científicas e nos rounds. Assisto cirurgias. Participo bem. Dô ponto e faço algumas coisas erradas. Dirijo correndo de volta. Estudo em casa quando chego, lás pras sete, oito horas da noite. Como. Não esqueço de tomar o remédio. Dou comida pro cachorro, brinco, limpo xixi, cocô e os cabelos grudados na parede do banheiro. Tomo banho de olho fechado. Leio. Vejo tevê com papai e mamãe. Deito no colo deles e fico repassando o trabalho da semana que vem. Reclamo. Suspiro porque meu namorado não me ligou. Antes de dormir me lembro dos amigos e da saudade. Canto aquela música pra ver se o sono vem. Demoro pra apagar e quando sonho o relógio desperta de novo quinze pras seis.

Alguém bem que podia me fazer uma surpresa entre um estudo e um cocô. E eu até posso fingir que nem esperava.

Um comentário:

Lucas Fagundes disse...

EU MANDEI UMA E-MAIL QUERENO FOLIA!