"Fui acometida por um grande enfado da rotina obsessiva de ler mensagens curtas, checar quem entrou e quem saiu e saber se fulano está aqui ou ali. Nunca mais apareci. O Twitter, o Facebook e afins são grandes invenções, não há dúvida, mas, assim como o Tamagoshi, se baseiam em uma substituição repetitiva e compulsiva do mundo dos vivos. Essas redes exigem atenção constante, se não são alimentadas, morrem à míngua. Tomam preciosas horas reais de dedicação de você.
Elas me lembram aqueles grupos de japoneses que a gente encontra muito em viagem, que, em vez de ver com os olhos os lugares que visitam, filmam sem parar para depois assistir em casa.
Melhor comprar um cachorro."
Fernanda Torres (http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m2301)
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