quarta-feira, 6 de abril de 2011

dia-a-dia X passado desesperado X solidão romântica.

Jessica: (séria) Júnior, você viu a paciente hoje lá da espondilite? Ela tinha um tique nervoso muito feio.
Júnior: (sério) É, eu vi. Eu tive medo de rir.
Jessica: (...)

Paciente: Doutora, a perna dá uns formigamento e depois aparece uns caroço. Pode ta transformando em alguma coisa?
Doutora: (irônica) Pode. Pode estar se transformando em asas de cisne.
Paciente: (...)

Pai: A gente tem uma notícia ruim. Não é com ninguém da família, mas é como se fosse.
Filha: (após a notícia chora igual bebê)

Amigo: Obrigado por ter vindo prestigiar. (depois que ela vai embora ele grita de longe, reiterando) Obrigado mesmo.
Amiga:(após um sorriso de gratidão, gritando) Agora é a sua vez.
Amigo: (ri alto e vira de costas, como quem não quisesse vê-la partindo)

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Meu passado apareceu hoje pra mim. Veio correndo, de-ses-pe-ra-do, com um buquê de flores na mão. Eram rosas quando o vi pela primeira vez. Aí logo mandei ele embora. Depois ele apareceu de novo, com uma cara de criança quando perde o pirulito e o buquê era de tulipas carmim. Enxotei ele pra longe. Agora ele ta ajoelhado aqui do meu lado, recitando a poesia que eu mais gosto e o buquê é de margaridas, daquelas brancas com amarelo no meio. Ele está a ponto de me reconquistar.

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Porque solidão a gente aprende sozinho.




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