quinta-feira, 17 de março de 2011

nalma.

Hoje eu, minha nectarina e minha banana saímos de casa às seis da manhã com a porta da garagem anunciando um promissor dia de sol. Fez frio. Fiz da vida hoje uma ponte, interligando tudo que há de menos em comum no caminho. Conversei com meu pai como há anos não conversava e me levei pra ele correndo, o medo às vezes faz isso. Conheci um veterinário legal e tive aquela impressão de que já o conhecia. Andei de carona. Com todo o carinho que tenho nalma encontrei presentes, abracei pessoas diferentes. Beijei meu ciúme na bochecha e sorri sendo a mais falsa conhecida. Eu não nasci pra viver mentindo. Me provoca enjôos, náuseas, sensação de peso no estômago, dores de cabeça e consciência. Gritei no telefone por estar cansada de ser criticada. Chorei por dentro (porque prometi que por fora não choraria mais). Reclamei e me senti uma chata. Fiquei sentada no sofá por vinte minutos em completo silêncio enquanto ao meu lado um papo saudável, lícito, lascivo e genial rolava. Eu pensava quieta, boba. Hoje eu fui vista como boba. I-di-o-ta. IM-BE-CIL. Por mim mesma. Por aquele sorriso falso que me olha de cima a baixo. Por aquele que diz que me ama. Uma completa babaca por achar que ama e se entregar. Sendo a única que se entrega. A Ú-NI-CA. Agora, em casa sinto uma raiva enorme de mim. Um desgaste energético brutal. E percebo que hoje eu não deveria ter aberto a geladeira e pego a nectarina e nem a banana no cesto.

Insistir? você me pergunta ao telefone. E eu respondo, claro! Nunca conheci ninguém que não tivesse levado porrada.

Nenhum comentário: