domingo, 12 de dezembro de 2010
juro.
Eu jurei que depois daquele dia nunca mais veria teus olhos ou deitaria aos teus pés. Jurei um não amor eterno de faísca enamorada. Jurei me embriagar e esquecer-te como vento quente de verão, que passa, esquenta e se esvai em ondas no mar. Jurei cílios no dedo da mão. Jurei abrir mão dos comes e chocolates e imantados amuletos de sorte qualquer. Jurei que por ti nada faria novamente. Jurei enterrar-te na lama debaixo do meu travesseiro e assim te fazer história antiga, mentira envergonhada que ninguém fala. Jurei abrir meus seios e meu vestido pra qualquer outro alguém. Jurei que nunca deixaria ninguém bater em mim outra vez. Jurei que não sentiria pena, nem remorso, nem arrependimento. Jurei e por tanto ter jurado me esqueço de sofrer e te tenho novamente no meu lençol, me fazendo cócegas e me jurando amor como promessa pra além dessa vida.
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