"na caçamba, sentada em cima do pé do amigo, que é colo, que já foi amante, que é amor, indo pra onde não sei de mim, sentindo vento, gritando, parecendo no ar, gelado, frizante, descolorado, garganta seca, fome abrasante, torta, tempo passa rápido, cachecol voa, sinal pára, voz ecoa, silêncio da cidade de domingo, saudade que vem vindo arrebanhada de hálito antigo de cerveja e cigarro, carro verde, anda correndo, vôo lançado, asfalto liso, vaga na porta, dessenterro meu cóccix, ergo minha alma, seguro as mãos, desço sozinha num pulo e percebo que voltei, arre, estou de volta."
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