sábado, 8 de setembro de 2012

espaço

E o que faz esses dias ensolarados serem tão coloridos por dentro do meu corpo quando penso que ouvi o pastor do casório dizer que deve-se eliminar os "meus" do vocabulário e substituir por "nossos" eu nem sabia que já fazia isso e não prestava atenção fica difícil depois de um tempo prestar atenção esses dias fiquei lembrando dos primeiros dias que eu nem sabia onde estava amarrando meu jegue e poxa vida hein uool de jegue amarrado ando correndo pro abraço por aí e daí que eu não tenho facebook caguei só quero mais sol ensolarado na minha cabeça esse negócio de ficar de fora da vida sentindo pelas beiradas a doçura das peles dos alguéns vendo por foto o brilho dos olhos azuis ou verdes ou até as vezes transparentes porque tem gente que brilha tanto que o olho fica transparente e quando me abraça eu sinto que é tão forte que me machuca mas não ligo se machucar vai deixar só a melhor marca de carinho nunca pensei que a distância pudesse provocar tanta junção de mentes e calores e corpos e suores e ideias e provoca sim tão mais do que a proximidade que descarta as vezes o mais importante dos sentimentos e atiça o mais banal ciúme danado que quando pega não larga e sou eu e ele e agora a gente caminha junto e não bebe e eu revejo meus amigos por uma fresta coloridona e inteligente agora tudo a minha volta é inteligente o coletor a coletora o acesso o trânsito a paineira e tive que parar pra perguntar como escreve paineira se é com i ou sem i e quando questionada sobre o que eu faço eu digo que escrevo não sei nem porque mas é que de vez em quando tudo vem tão rápido que eu não consigo distinguir  os espaços porque a sociedade sempre cobra espaço pra tudo inclusive pro tempo que eu na verdade já nem quero mais saber disso apesar de que daqui a três anos serei aquela que sorri incessantemente enquanto a sociedade se afunda em lama sexo pó álcool e filosofia adoro carnaval adoro algodão e sei que agora adoro estar 

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