quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

na vila.

No beco cada casa solta um cheio diferente.
Cheiro de sabão em pó. Cheiro de fumaça.
Cheiro de gente.
Cheiro de queimado.
Cheiro de esgoto. De sexo. De suor.
Cheiro de maconha. Cheiro de pó.
Cada janela tem um olho diferente.
E cada fresta um segredo maior.
Tem sangue nas esquinas, que não dá mais pra lavar.
Tem um rio que enche sempre que chove.
Tem parede que molha até o teto manchar.
A poeira que tem, tem pra cobrir
O rastro de todos aqueles que se escondem ali.


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