terça-feira, 12 de julho de 2011
coxinha.
Eu estava na Sala quando a Nath me falou que eu estava muito magra. O Dellê me perguntou se eu tinha emagrecido por causa da formatura. Eu disse que não, que emagreci por desgosto. E todos rimos da minha piada descabida, afinal de contas, pela quantidade de lágrimas que soltei nos últimos meses dava mesmo pra emagrecer em quilogramas. Saí da Sala e voltei a pé pra casa. Agora moro perto e é bom à beça. Estava de salto, de pose e de óculos. Madame que não sou, mas é porque antes tive um compromisso formal interessante. Já saí com fome. E então bateu uma fantástica vontade de comer na rua. Parei naquele bar azul que tem no caminho e pedi uma coxinha. Caminhei eu, meu salto, minha coxinha engordurada e minha pose de Gisele até a porta do prédio. Com mãos pegajosas, resquícios de fritura na boca e um saquinho plástico à tira colo cheio de guardanapos, dei boa noite ao Geovane, o porteiro. E eu nunca estive tão alegre nos últimos tempos. Completamente realizada com a decisão firme de que uma coxinha vale muito mais do que quilos perdidos às custas de sódio e sal.
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