segunda-feira, 23 de maio de 2011

febre.

Febre, calafrio. Olho lacrimejando. Coração quieto. Ainda bem, coração quando não vibra é bom, no meio do caos da quentura ardente de membro, língua, unha e tal. Cabeça doendo. Cefaléia, capricho de dondoca quando quer colo. Meu não é não, o meu é dor mesmo. Que ta incomodando à beça. Ixe, que fazia tempo que minha cabeça não incomodava concretamente. Só incomoda subjetivamente. No plano das idéias não realizadas ou sintetizadas à esmo pruma ação conjunta metafísica qualquer. Parece até que fumei maconha com esse ímpeto de doença, síndrome febril, gripe, constipação ou qualquer quadro símile. Parece que me ressuscitei de lugar que nem sabia que tinha morrido. Meus joelhos mostram uma artralgia lenta, discreta, que até parece mentira pra afastar no INSS, mas não é. É artralgia de verdade de livro. A garganta seca também faz parte da onda viajantória do meu ser abatido hoje. Funda, relata espasmos de voz, sons e gritos abafados. Dói e arde. Não posso falar. Quanto mais arder em risos desenfreados. Hoje meu riso ta contido num pentagrama de sintomas circulatórios, férteis, vibrais, vestais. Da noite pro dia, adoeço fácil por resistência baixa. E bota baixa na resistência que acha que por ser atriz pode cantar direto sem aquecer a voz e depois ter que ouvir que não sabe, que não percebe o movimento dos aquecimentos de forma ideal, decente, coisa e tal. Pois é, até parece tudo isso descanso propositado. Antes fosse, porque mentiria gritando e rindo. É verdade incontestável que incapacita quadril, bexiga e nariz, que escorre e entope cada hora um.

Do cansaço fez-se a pausa. Porque corpo não é só alma.

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