quinta-feira, 21 de abril de 2011

Prata.




Há um vilarejo ali. Onde areja um vento bom. Da varanda, quem descansa, vê o horizonte deitar no chão. Pra acalmar o coração. Lá o mundo tem razão. Terra de heróis, lares de mães, paraíso se mudou para lá. Por cima das casas, cal. Frutas em qualquer quintal. Peitos fartos, filhos fortes, sonhos semeando o mundo real. Toda gente cabe lá. Lá o tempo espera. Lá é primavera. Portas e janelas ficam sempre abertas pra sorte entrar. Em todas as mesas, pão. Flores enfeitando os caminhos, os vestidos, os destinos e essa canção. Tenha um verdadeiro amor para quando você for.

A saudade que me faz sentir o cheiro da terra que grudava no meu machucado no joelho. Saudade que me faz sentir criança. Na dança do coreto, no sono da varanda, na pedra da cachoeira. Vale muito mais que ouro.

Nenhum comentário: