quarta-feira, 4 de agosto de 2010

e eu que pensava que o amor não era cafona.

E quando eu pensei que fosse entrar num turbilhão de trabalho, estudo, loucuras materias ele me apareceu. Vestido num chapéu estranho, comprando cachaça com cartão de crédito. Quando eu pensei que o luau seria um saco completo naquela areia suspeita, naquele frio imenso, com aquele violeiro chapado, ele me tirou pra dançar. E quando eu achei que tudofosse miragem de um dia que nunca fosse concretizar em vida colorida, doce mar, encantei-me com meu celular a tocar, ressoar um som que nunca surgiu antes. Quando eu pensei que nunca mais fosse entender ele me explicou. Quando entendi que já estava sozinha e que era bom, ele desmorou minha solidão. Quando eu me deixei levar pelos sonhos e achei que nunca fosse levar ninguém comigo, ele invadiu a minha cama e deitou nomeu travesseiro. E quando as vezes eu penso que vou almoçar sozinha, ele vem e faz um magnífico prato de carne com salada. Logo eu que sempre achei que salada se come em separado. Quando eu acredito, ele me faz tentar. Quando eu esqueço, ele me faz lembrar que quem esquece tudo é ele. E quando eu penso que nada mais vai acontecer no dia ele me leva ao cinema. E quando eu tenho a certeza de que nada mais vai acontecer no dia ele buzina, compra pão e traz um filme. E eu que pensava que pensava certo. E quando eu penso que não vou conseguir dormir essa noite, ele me aparece no meu sonho. Eu, que pensava que sabia sonhar, não fazia idéia...
E eu, que pensava que o amor não era cafona.
E eu que pensava.
E eu que penso.
E eu.
(risos estridentes com "ai ai" no fim)

Nenhum comentário: