Comprei um caderno. Encapei com veludo. Desenhei. Escrevi a primeira data. Viajei com ele. Busquei os melhores momentos, ângulos, as melhores imagens, luzes e cores. Descrevi à risca. Apalpei e acariciei o céu. Mordi nuvens. Não queria nada além. Queria simplesmente o simples. O abraço despropositado, descompromissado, envergonhado de quem não sabe ganhar um presente. De quem nem imagina o que é um carinho verdadeiro, sem intenções maiores. Sem busca desmedida por aprovação ou vaidade. O obrigado de costas, andando, caminhando na outra direção trouxe alívio e uma certeza mambembe de que às vezes eu acerto.
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