quarta-feira, 9 de junho de 2010

depois do plantão.

Peguei o carro e saí do hospital. Trânsito terrível por causa de um acidente no meio do caminho. Casa, enfim. Telefone toca várias vezes. Atendo, nunca é pra mim. Banho quente, bem quente. Saio estéril. Visto pijama, roupa, blusa, casaco, meias e gorro. Encho minha cara de creme. Faço um prato, arroz, feijão e tomate. Fraca, me sinto plena. Encho minhas mãos de creme. Massageio o dedão do pé direito porque dói. Escovo os dentes. Se pudesse escovava até com sabão. Leio as matérias para amanhã bem rápido, passando o olho. Procuro na internet algum artigo, mas quase fecho os olhos sem querer. Escrevo no blog. Deito morna na cama fria. Cubro tudo, até o rosto. Durmo tarde pra um despertar tão cedo. Esqueço do despertador. Acordo as três da manhã, lembro do despertador. Só faltam três horas. Míseras. Intocáveis. Valiosas. Acordo com sono, com vontade de permanecer sone. Só que já é outro dia.

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