sexta-feira, 31 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
leveza.
Tudo ao nosso jeito ficou em paz. E quem diria que minha turbulência acumulada não faria ruína na nossa parede de concreto tão fresca. E eu achava que era frágil, pelo menos aos meus arrombos. Mas nem é. Por sua causa. Por minha também. E quando eu me viro na cama e tua ausência me esfria o lençol, eu tenho mais certeza ainda de que posso chamar de nosso, o leito. O lençol. O destino inteiro. E por mais que você me sinta passional, pra morte ou pra vida, fico indiferente as suas risadas. Há muito tempo não temos risadas, mesmo que sejam reativas ao romantismo que exalo. E você também exala, mas não sabe. Ou finge de bobo e sabe sim, mas gosta mesmo é de rir de mim.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
domingo, 19 de agosto de 2012
Acostumar.
Posso até me acostumar e deixar você fugir. Dava tudo por amor, eu vim de longe, dava pra sentir você dançando só pra mim. Parece brincadeira, mas eu sei que a gente faz um monte de besteira por saber que é bom demais. Posso até me acostumar e deixar você fugir. Posso até me acostumar da gente se divertir. Eu vim, mas trouxe o sol e a tempestade lá de longe, dava pra sentir você passando devagar. Pareceria tarde, mas você foi me chamar. Moreno da cidade eu posso até me acostumar. (M. Camelo, Acostumar)
sábado, 18 de agosto de 2012
sangue de barata ou o que vem de fora.
Do que eu preciso, risos, preces e paixão tem tudo aqui. Por dentro. E, quando penso que engessei e que não há mais saída, me vem uma barata e eu a mato, cortando o medo que eu tinha de que alguma coisa de fora possa me fazer mal. É o de dentro que pode fazer mal. Eu mesma resolvo meus conflitos, os gritos se dissolvem com o vento. O bom daqui é que o vento vem do mar. E não do vale. E isso me agrada. Não quero ir embora. Mas isso implica em perder. Então eu vou. Embora. E não perco. Mas a cada dia distancio, como se o que viesse de fora transformasse e completasse o que vem de dentro. Do que eu preciso tem tudo por dentro, risos, preces e paixão. Volto triste. Deixo a marca do chinelo junto com sangue de barata na parede.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
minha dor é nítida. você diz que entende, mas não vê.
"Eu quando choro do olho sai meteoro e fogo
De cada poro um vulcão
É dor capaz de tombar a Via-Láctea no mar
Mas cabe dentro do olho
De um grilo no manguezal"
De cada poro um vulcão
É dor capaz de tombar a Via-Láctea no mar
Mas cabe dentro do olho
De um grilo no manguezal"
(nítido e obscuro - Guinga)
terça-feira, 7 de agosto de 2012
será.
ih, e se a felicidade me comprasse assim um dia, e me recheasse de doce de leite e me mandasse pro melhor lugar do mundo, transpusesse os céus, me bailasse com bolero e gafieira, me batucasse num pandeiro, e me transferisse por inteiro pro outro lado colorido da vida? Será que eu iria? Sei lá, vai que lá eu não posso chorar...
domingo, 5 de agosto de 2012
voa, voa, voa, andorinha, leva esses anjos pro céu andorinha.
Toda vez que eu vejo essas janelinhas, esses pequenos sorrisos, suas manhas melosas, seus passos curtos, me encontro abençoada. Eram três crianças, eu me lembro bem. Ficam atrás de mim o dia inteiro. Mas eu não vejo. Mas estão aqui. E tem um velhinho que toma conta delas. Mas ele só observa. E quando elas se divertem com meus erros caem flores do céu. E quando eu acerto elas sorriem e dormem em paz. Hoje as três crianças dormem em paz e eu também.
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